Insano silencio nocturno criativo

Profundamente da Existência elementar, linhas colocadas em carreira de tiro caem sobre vosso olhar (duras secas nodosas_

domingo

26/12/2015

Agora que estás com o Avô, deixas um rasto de lágrimas dentre nós.
Um beijo e abraço do tamanho do mundo, Avó Bia.

sábado

Olhar intenso e sábio, inteligência por demais, belo rosto e a vontade de conversar até à aurora.
Depois caminhar nos entretantos pelo Monte, Colinas, Vales e apreender a energia e sinais que o Cosmos nos propõe.
Louco é aquele desafia o destino, se atira do abismo e ganha asas nos entretantos.
Agora neste determinado momento estou com a montanha na fímbria.
Haver vamos o capitulo que se escreve, nas próximas sete luas_

domingo

rumando por terras inacabadas, onde os pensamentos planam por mares tempestuosos, delicadamente os silêncios que escuto se cravam nas pedras antigas e as pegadas outrora carregadas, lentamente se desfazem no redor da orla da imensa púrpura que invade por dentro a respiração intensa do Ser que se quer alongar num espaço temporal e iniciar a construção da existência plena e integral.

as árvores secaram, na planície verdejante
ao longo da orla, o mar se esbate nas arribas entrecortadas pelo vento
as árvores percorrem o caminho para o mar
se atiram das arribas
pouco antes de se encaixarem na água, ganham asas e voam
para um céu intenso, imenso, delicado
inebriado com o fausto das emoções repletas das formigas cansadas
as pedras inacabadas rolam
para um destino sem fim
duas estradas paralelas que se tocam no infinito_

sexta-feira

nas janelas dos nossos dias
fogem ininterruptamente as cortinas
que se transformam em aves e voam para os lagos imaginados do nosso idílico pensamento
o tempo que não pára observa o fumo a se diluir no ar
e as cortinas se escapam até alguém encostar a janela_

as palavras saem soltas, como um cavalo solto a percorrer o Vale
a emoção contida na escrita, cheia nas linhas realçada na imaginação
o toque no tronco da árvore erguida enraizada encaixada a cada toque
enquanto não há amanhã as palavras esculpidas se aglomeram
se entopem se esgotam se recriam se consomem pelo fogo da vontade
esta é a verdade no virtual
a fímbria aparece num mar calmo tranquilo sereno
de mim para uma miúda que me acompanha na estrada do pensamento_

domingo

a Formiga carregava o peso do Mundo a Cigarra cantava pelo Mundo O elefante se vergava sobre o Mundo o Tigre caçava no Mundo a Toupeira escavava o Mundo a Gazela se lançava no Mundo os Pássaros razavam o Mundo e o Homem, o Homem transformava o Mundo_

segunda-feira

tudo se esgota num Oceano lamacento
as memórias estão limpas maduras caiadas_